O castelo de Alfaiates no concelho do Sabugal, distrito da Guarda, está em risco de desmoronamento, por isso foi encerrado ao público. Leia a notícia publicada no jornal Sol online sobre o lamentável estado em que se encontra esta fortificação e ao parece a Delegação de Castelo Branco, da Direcção Regional de Cultura nada tem a dizer e pelos vistos também nada a fazer, quando o castelo cair caiu..
«O extinto Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) mandou fechar o castelo por representar perigo para os visitantes visto que algumas pedras ameaçam desmoronar», disse hoje o presidente da Junta de Freguesia de Alfaiates, Francisco Baltazar.
Segundo o autarca, «a torre central é a que está mais danificada e por todo o castelo há umas pedras que necessitam de intervenção».
O receio de que pudesse «haver algum acidente» levou a que fossem impedidas as visitas diárias ao monumento, adiantou.
O presidente da Junta de Alfaiates contou ainda que o castelo está na actual situação porque o extinto IPPAR «não possuía verbas para a sua recuperação», o mesmo acontecendo em relação ao IGESPAR - Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, que substituiu o anterior organismo.
Adiantou que o monumento, que possui cidadela com dupla cintura de muralhas e cuja construção inicial data do século XIII, só reabrirá ao público «após a realização de obras», lamentando a morosidade na sua execução.
«Ainda nada foi feito e como está classificado como monumento nacional não lhe podemos mexer», lamentou Francisco Baltazar, considerando que se estivesse recuperado e visitável a Freguesia «teria muito a ganhar».
Recordou que há cerca de três anos, o director da extinta delegação regional de Castelo Branco do IPPAR, chegou a anunciar a realização de obras mas «nunca chegaram a ser concretizadas, por falta de verbas».
O anterior presidente da Junta de Freguesia de Alfaiates, Horácio Botelho, recordou hoje à Lusa que «o ex-IPPAR fechou o castelo em 2005 porque estava em ruínas» aludindo ao facto de na altura lhe ter sido garantido que «posteriormente iria haver uma intervenção».
«O que é certo é que essa intervenção nunca apareceu e em meu entender, não se pode estar com o castelo definitivamente encerrado», opinou.
Horácio Botelho salientou que quando esteve no executivo «o projecto de recuperação estava feito e também estava prevista a construção de uma loja para venda de produtos regionais».
O ex-autarca lastimou «que nada tenha sido feito» e que o castelo «esteja a desmoronar-se aos poucos».
«Esta situação é de lamentar. O Estado que o desclassifique como monumento nacional e que o entregue ao povo de Alfaiates, que depois decidirá o que fazer», defendeu.
Salientou que há cerca de dez anos foram feitas obras de beneficiação do largo do castelo e dos telheiros ali existentes.
«Foi feito um investimento avultado, que veio dignificar a praça, mas não se compreende que o castelo esteja fechado há tanto tempo, a aguardar pela realização de obras», concluiu.
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