segunda-feira, fevereiro 21, 2011

COLÓQUIO OS SEGREDOS DO SUBSOLO NO CONCELHO DO FUNDÃO

sexta-feira, fevereiro 18, 2011

Está patente no Museu Municipal desde o dia 15 de Fevereiro até ao dia 20 de Abril, a exposição TERRA DE LINCES, que tem por objectivo dar a conhecer a difícil situação do felino mais ameaçado do mundo, criar um sentimento de urgência nas populações relativamente à preservação da biodiversidade e, particularmente, estimular um clima favorável à reintrodução do lince ibérico na região.

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

OLEIROS - O MILAGRE DA HORTA DA SANTA

Reza a história que há duzentos anos a terceira invasão francesa passou por Oleiros. A antiga igreja de Santa Margarida foi transformada em paiol e na sua retirada os franceses fizeram-na explodir. Mas a imagem da padroeira de Oleiros resistiu até aos dias de hoje.
Aquela e outras histórias foram assinaladas no passado sábado, na propriedade Horta da Santa, em Oleiros, onde na altura se encontrava a igreja de Santa Margarida. Os franceses, na sua terceira invasão a terras lusitanas, terão chegado a Oleiros no dia 2 de Fevereiro de 1811. Os invasores terão chegado pela rota que ligava Abrantes ao Fundão, a chamada estrada nova.
António José Guimarães foi um dos impulsionadores da iniciativa, com o objectivo não só de relembrar o bicentenário, mas sobretudo para "reforçar a amizade entre as pessoas. Uma amizade que foi fundamental para defrontar os invasores. Esta evocação pretende valorizar o nosso património, crenças, lendas e declarar o nosso amor por Oleiros".
A invasão francesa, o modo como os oleirenses souberam lidar com a situação e a devoção que os oleirenses têm para com Santa Margarida acabam por estar interligados. "A imagem que hoje se encontra na Igreja Matriz é aquela que se encontrava neste local em 1811", começa por explicar o Cónego Martinho Cardoso. O pároco de Oleiros lembra que "essa invasão terá passado precisamente neste local, na Horta da Santa. Antes deles chegarem a este local, todo o povo que aqui vivia dispersou-se pelas serras entre a Amieira e Cambas, levando consigo aquilo que tinham".
Nessa altura os franceses transformaram a antiga capelinha de Santa Margarida, para ali instalarem o seu paiol. "Quando resolveram partir deitaram fogo à capela. Foi tudo pelos ares e a imagem que hoje se encontra na igreja matriz, e a partir da qual se fez uma réplica, foi encontrada intacta, embora depois tivesse que ser retocada devido ao fumo", acrescentou Martinho Cardoso. Foi nessa altura que o povo começou a afirmar que se tratava do "milagre da Horta da Santa".

Jornal Reconquista Online, 9 de Fevereito de 2011