sexta-feira, agosto 29, 2008

A ÁRVORE MAIS ANTIGA DO DISTRITO DE CASTELO BRANCO

A árvore mais antiga do distrito de Castelo Branco é uma oliveira, plantada junto à igreja de Montes da Senhora - Proença-a-Nova. Essa oliveira, cujo nome científico é olea europaea, tem cerca de 400 anos e a sua classificação como Árvore de Interesse Público foi publicada no Diário da República nº 154, II série de 06 de Julho de 1995. É interessante lembrar que ao longo da longevidade desta árvore Portugal recuperou a independência, ocorreram as invasões francesas, foi instaurada a república, aderiu à União Europeia e muitos outros acontecimentos ocorreram e a quantos mais assistirá esta venerável oliveira?

sábado, agosto 16, 2008

ALCAÍDE-MÔR DE BELMONTE! OUVI BEM?

Iniciou-se ontem mais uma Feira do Artesão Medieval de Belmonte e hoje ao ouvir o Jornal da Tarde da RTP 1 nem queria acreditar no que ouvi. Um actor ao fazer a teatral abertura solene da feira no papel Fernão Cabral em vez de pronunciar correctamente alcaide-mor, pronunciou «alcaíde-môr». Isto deixou-me de cabelos! Será que as palavras alcaide e mor são tão raras nos nossos dias? Uma asneira destas logo na abertura desmotivou-me a visitar esta feira. Eu já não apreciava muito este folclore medieval, mas a partir de agora fugo dele a sete pés. Deixo apenas um conselho às empresas e respectivos consultores históricos que organizam estas feiras que é de ensinar aos actores a pronunciar correctamente as palavras da língua portuguesa.
Já agora deixo também um reparo de natureza histórica sobre Fernão Cabral, pai de Pedro Álvares Cabral, que morreu por volta de 1492, portanto seria impossível ele ter conhecimento da descoberta do Brasil feita pelo filho em 1500, por isso na próxima abertura da Feira do Artesão Medieval de Belmonte não voltem a cometer este erro.
Vejam e ouçam o video na notícia na RTP e confirmem.
http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?headline=98&visual=25&article=359196&tema=32

quarta-feira, agosto 13, 2008

OS MONSTROS DE CASTELO NOVO

Há já muitos anos que não ia a Castelo Novo e infelizmente vim de lá horrorizado com o que fizeram aquela aldeia histórica, especialmente com os monstros metálicos, cuja utilidade não serve para nada (ou então a minha compreensão é muito limitada para entender a sua utilidade!) que colocaram junto às ruínas do castelo, incluindo a horrorosa rampa metálica de acesso às ruínas da torre. Para além disso, há tela vísivel por todo o recinto do castelo (qual a sua finalidade?), umas gárgulas moderníssimas, caixas e fios eléctricos visíveis por todo o lado. Quanto à aldeia, também não escapou à onda da modernice com a colocação de uns candeeiros completamente desenquadrados do ambiente da aldeia, contadores de água e luz vísiveis nas paredes de cantaria e os eternos fios e antenas que continuam por todo o lado.
Em resumo, pelo que vi fizeram muito pior em Castelo Novo do que aquilo que já vi noutras aldeias históricas, mas pelo que perguntei na aldeia ninguém está descontente com aquilo que fizeram. É esta passividade que me incomoda, em que quase ninguém protesta contra as pseudomodernices que os arquitectos das aldeias históricas (esta designação já por si é uma aberração, mas isso merecerá no futuro uma mensagem) fizeram, destruindo ambientes seculares em nome de uma modernização que não interessa a ninguém.
Aqui ficam algumas imagens das monstruosidades que encontrei em Castelo Novo.
O monstro que dá acesso ao castelo.

A inestética rampa metálica de acesso às ruínas da torre.

O monstro das ruínas da torre de menagem. Qual a sua finalidade?

Uma gárgula modernissima!
A tela visível por todo o castelo, mas que não percebo qual a finalidade.

Os modernissimos e horrorosos candeeiros, as antenas e os fios por todo o lado.

sexta-feira, agosto 08, 2008

«DEMOLIR PARA MODERNIZAR»

Interessante a legenda «Demolir para Modernizar» deste postal antigo da Covilhã, datado da época de remodelação da zona do Pelourinho, em que criminosamente foram abaixo edifícios históricos importantes como a cadeia e os paços do concelho filipinos. Foi e continua a ser a dita modernização que leva a este tipo de crimes patrimoniais e assim surgem horrorosos mamarrachos modernos.