A Quercus alerta para a necessidade de
proteção do Lince Ibérico na região da Beira Baixa, após registo de mais
um atropelamento mortal desta espécie na Autoestrada da Beira Interior
(A23), no passado mês de novembro.
De acordo com aquela associação ambientalista, este é o segundo caso
conhecido de atropelamento de um Lince Ibérico na A23 exigindo medidas
preventivas urgentes para minimizar os riscos de mortalidade e o impato
das estradas na presença do lince em Portugal.
Desde 2021, a Quercus em colaboração com o Instituto de Conservação
da Natureza e das Florestas (ICNF), tem monitorizado a presença de uma
fêmea de Lince Ibérico, identificada como Maguilla, na região de Castelo
Branco.
“A presença de Lince Ibérico na Beira Baixa, embora positiva para a
conservação da biodiversidade, apresenta desafios significativos,
nomeadamente no que respeita ao risco de atropelamentos em estradas.
Este problema identificado como um dos principais factores de
mortalidade da espécie, representa 32% dos óbitos registados em linces
marcados e monitorizados por telemetrias”, refere a Quercus.
A associação pede à tutela que aplique a legislação que protege o
Lince Ibérico na região de Castelo Branco, nomeadamente que se avalie a
permeabilidade das estradas.
Os ex-votos resultam de uma promessa, de um voto dado pelo fiel ao seu santode devoção em consagração, renovação ou agradecimento de uma promessa.
As expressões votivas são tradicionalmente reconhecidas sob as formas de
pinturas ou desenhos, figuras esculpidas em madeira, modeladas em argila ou moldadas em cera,
muitas vezes representando partes do corpo que estavam adoecidas e
foram curadas. Comumente são representados como placas com inscrições. Nas paredes da capela de N. Sra. do Almurtão, em Idanha-a-Nova existem alguns deles que aqui representamos.
Castelo Branco tem 34 sítios de relevância geológica identificados Em comunicado enviado à agência Lusa, a Naturtejo refere que o inventário do património geológico do concelho de Castelo Branco foi realizado por Carlos Neto de Carvalho e Joana Rodrigues, no âmbito do Inventário do Património Geológico e Geomineiro do Geopark Naturtejo Mundial da UNESCO.
Castelo Branco tem 34 sítios de relevância geológica identificados "São 34 sítios de relevância geológica que agora são dados a conhecer à comunidade científica. Este inventário foi sendo desenvolvido e publicado localmente ao longo dos anos, tendo sido um contributo importante para o projecto do Parque do Barrocal, hoje com reconhecimentos nacionais e internacionais", sublinha o comunicado.
Castelo Branco tem 34 sítios de relevância geológica identificados Segundo o Geopark Naturtejo, este inventário poderá vir a ser incluído na revisão do Plano Director Municipal (PDM) de Castelo Branco "para que se proponha a sua conservação e valorização". Castelo Branco tem 34 sítios de relevância geológica identificados "A região mostra uma elevada geodiversidade e boa parte das freguesias do concelho de Castelo Branco possuem sítios de interesse geológico, com potencial de utilização em programas para escolas e para integração em rotas temáticas de turismo de natureza", salienta. Castelo Branco tem 34 sítios de relevância geológica identificados A equipa do Geopark Naturtejo Mundial da UNESCO está presente em sete trabalhos resultantes da cooperação científica desenvolvida com várias entidades nacionais e internacionais, como o Mare - Universidade de Coimbra, o Centro Português de Geo-História e Pré-História, o Instituto Dom Luiz (IDL) da Universidade de Lisboa e as universidades da Estremadura espanhola e de Zanjan. Castelo Branco tem 34 sítios de relevância geológica identificados Destaque ainda para a apresentação do novo mapa geológico da área de Penha Garcia, um projecto para o município de Idanha-a-Nova, no distrito de Castelo Branco. Castelo Branco tem 34 sítios de relevância geológica identificados Este trabalho coordenado pela investigadora Sofia Pereira resultou na constituição de um valioso acervo de mais de 650 exemplares de fósseis, que vão integrar o Centro de Interpretação Paleobiologia das Trilobites (CI.PT). Castelo Branco tem 34 sítios de relevância geológica identificados Este espaço está em construção e vai ser a primeira porta do Geopark Naturtejo território UNESCO a ser formalmente constituída no território reconhecido mundialmente pelo seu património geológico desde 2006. Castelo Branco tem 34 sítios de relevância geológica identificados O Geopark Naturtejo da Meseta Meridional, que integra a rede mundial da UNESCO, inclui os concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão (distrito de Castelo Branco) e Nisa (Portalegre). Castelo Branco tem 34 sítios de relevância geológica identificados Um Geoparque Mundial da UNESCO compreende um território bem definido, onde locais e paisagens de importância geológica internacional são geridos numa concepção holística de protecção, educação e desenvolvimento sustentável.
Há cerca de dois anos soubemos que o lince-ibérico tinha regressado a Castelo Branco.
Este único animal na região voltou a ver visto este Março e confirma-se
que continua no distrito. Veja aqui as imagens captadas por uma câmara
de foto-armadilhagem instalada pelo Instituto da Conservação da Natureza
e das Florestas (ICNF).
Chama-se Maguilla a fêmea de lince-ibérico (Lynx pardinus) que se instalou em Castelo Branco há mais de dois anos e que chegou a estar desaparecida de 2017 a 2021.
Agora foi detectada novamente em actividade nocturna em Alcains, no
concelho de Castelo Branco, no âmbito das acções de acompanhamento dos
exemplares de lince-ibérico em território nacional.
Segundo o ICNF, as imagens datam de 25 de Março e foram recolhidas
por uma câmara de armadilhagem fotográfica do instituto instalada num
ponto estratégico, pré-definido em articulação entre técnicos e
vigilantes da Natureza das Direções Regionais da Conservação da Natureza
e Florestas do Alentejo e do Centro, para efetuar o seguimento deste
exemplar, que já tinha sido anteriormente avistado e fotografado.
Maguilla é uma fêmea de lince-ibérico que nasceu no Centro
Nacional de Reprodução do Lince-ibérico (CNRLI) em Silves, em 2015, e
que foi libertada em Matachel, na Extremadura, em Espanha, em 2016.
Não se sabia do seu paradeiro desde 2017, por ter perdido o colar de
seguimento com radiotransmissor. Maguilla encontra-se sozinha nesta zona
pelo menos desde 2019, ano em que foi detetada com registos
fotográficos suficientemente detalhados, que permitiram a sua
identificação.
Em Maio de 2022, Samuel Infante, coordenador do CERAS – Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens e ligado à Quercus,
revelou à Wilder que tinha sido detectado um lince em Castelo Branco,
depois de 30 anos praticamente sem sinais na região. Através de
fotografias de um lince captadas na zona de Castelo Branco, as
autoridades identificaram então a presença de uma fêmea que estava dada
como desaparecida: Maguilla.
Agora, Maguilla foi detectada por uma câmara de vídeo do ICNF.
“Tudo leva a crer que esta fêmea deverá ter estabelecido um
território na zona de Alcains, no qual existirá alimento suficiente e habitat adequado”, segundo um comunicado do ICNF enviado hoje à Wilder.
“Sendo uma área pequena, a zona em causa possui uma densidade elevada
de coelho-bravo, presa preferencial do lince-ibérico. Apresenta também
formações graníticas que podem ser usadas como refúgio ou abrigo.”
Ainda assim, os especialistas que no ICNF trabalham há décadas na
recuperação do lince-ibérico em Portugal não acalentam muitas esperanças
que este território em concreto venha, no curto prazo, a ter condições
de acolher uma subpopulação viável.
Andavam pai e filho à azeitona nas encostas do Almourão quando se lembraram do que tinham dito os mouros “Entre o Tejo e o Ocreza ficará a nossa maior riqueza”.
Como na encosta do lado oposto batia o sol e este se refletia na água,
deixando perceber o contorno de uma carroça, ambos pensaram que era de
ouro e que decerto do tesouro dos mouros se tratava. Depressa pensaram
em ir buscar o carrinho de ouro à ribeira.
Iam tão contentes que, já no cimo da encosta, disseram em voz bem alta “Quer Deus queira, quer Deus não queira, o carrinho já cá vai no cimo da barreira e amanhã já o levamos à feira.“
Ao proferirem “Deus não queira” os bois e o carro começaram a recuar
encosta abaixo, afundaram-se no poço do Almourão e ainda hoje lá estão.
Ainda hoje a encosta tem o nome de Penha Amarela, devido ao fato de,
naquele dia, o sol brilhava tanto e era tão amarelo que tudo parecia
ouro.