sexta-feira, abril 24, 2009

INAUGURAÇÃO DO MUSEU À DESCOBERTA DO NOVO MUNDO

É inaugurado no domingo, 26, o novo museu “À descoberta do Novo Mundo”, alusivo aos Descobrimentos
Uma infra-estrutura que reforça a ligação ao Brasil e que repõe, segundo o autarca local, Amândio Melo, alguma justiça a Belmonte, pois nas comemorações dos 500 anos da epopeia de Pedro Álvares Cabral “não foi dado o devido valor a Belmonte”. “Faz-se justiça à nossa história. O museu vai contribuir para repor justiça a Belmonte”. É assim que o presidente da Câmara de Belmonte, Amândio Melo, encara a inauguração do novo museu “À descoberta do Novo Mundo”, no próximo domingo, 26, de manhã, enquadrada no programa das festas do concelho belmontense. Uma nova infra-estrutura em que o tema principal é a descoberta do Brasil, a epopeia de Pedro Álvares Cabral e a ligação da sua terra natal, Belmonte, a terras de Vera Cruz. Segundo o autarca, aquando das comemorações dos 500 anos da descoberta do Brasil, Belmonte não foi alvo da devida atenção por parte dos responsáveis pela comemoração da efeméride. Para além da apresentação de uma colecção de selos dos CTT alusivos à data, pouco mais foi dado a Belmonte, tendo sido concentrada a maior parte das festividades em Santarém, terra à qual Pedro Álvares Cabral também está ligado. “Belmonte é o berço da epopeia dos descobrimentos, na qual a descoberta do Brasil foi o ponto alto. E quem o descobriu era de cá. Penso que não foi dada a devida importância a Belmonte nesse contexto. Não ficou um marco físico que assinalasse a data. O museu vai ajudar a repor essa justiça” frisa Amândio Melo, que lembra que esta é uma infra-estrutura de cariz nacional, pois é o único museu do País que se vai dedicar inteiramente ao tema. Numa terra na qual se registaram cerca de 52 mil entradas em espaços museológicos no último ano, o autarca frisa a importância de ter mais um espaço em que a oferta é diferente da que existe até então. “Temos um fluxo turístico muito apetecível. Os números que temos são relativos a entradas em museus, mas há pessoas que não os visitam, daí que isso nos leva a crer que ainda há mais gente a visitar Belmonte. Este é o quinto museu temático que abrimos, que aborda uma parte muito importante da história de Portugal. É o ex-líbris da musealização no concelho, pois alia a antiguidade à modernidade, uma vez que aposta muito nas novas tecnologias, que estarão ao serviço da História” afirma o presidente da Câmara de Belmonte. Para a inauguração já foram convidados membros do Governo (é possível que o ministro da Cultura marque presença), entidades brasileiras e já está assegurada a presença do Embaixador do Brasil em Portugal. O espaço, após a inauguração oficial, ficará logo a funcionar. Espaço de emoções e sensações Já divulgado na Internet e com um spot publicitário que passará na TV, o novo museu é catalogado como um espaço de emoções, sensações e afectos. Composto por 16 salas, proporciona ao visitante, numa interacção permanente, o reencontro com alguns momentos marcantes da História, como Época dos Descobrimentos, a Descoberta do Brasil, os seus povos, a música, a língua e a biodiversidade. Haverá uma sala em que o visitante ficará a conhecer a evolução urbana de Belmonte desde o século XV; outra dedicada a Lisboa, o centro das grandes decisões de então; uma outra sala dedicada aos Descobrimentos, focará esta temática desde 1415, até à chegada de Vasco da Gama à Índia, em 1498. Depois, na sala seguinte, apresentar-se-á o ambiente de preparação de uma armada, explicando a constituição da Armada de Cabral e da vida a bordo. Haverá um espaço dedicado ao alto mar, em que se recriam os bons e maus momentos vividos nesta viagem pelos marinheiros. Após ser retratado o final da viagem de Pedro Álvares Cabral, em que se destacam a descoberta de terra firme e o desembarque, o visitante tem a possibilidade de assistir aos primeiros contactos entre portugueses e índios e a primeira missa que se realizou em Terras de Vera Cruz. Esta sala será mais aquecida do que as anteriores uma vez que se pretende recriar o clima daquela zona do Brasil. Ou seja, o visitante é convidado a viver e sentir o que é o Brasil. O visitante é depois convidado a conhecer a biodiversidade e a riqueza ambiental existente no Brasil. Depois, mostra-se ao visitante os diferentes povos que habitaram no Brasil e como construíram o país, ao longo dos tempos, bem como as indumentárias por si usadas, na Sala dos Povos e Construção do Brasil. Na Sala da Palavra, pretende-se abordar o papel que das diversas línguas nos primeiros contactos entre portugueses e indígenas, sendo também retratado o discurso feito pelo Padre António Vieira, aos Índios no período da descoberta do Brasil. O tráfico negreiro, é retratado, no Corredor da Escravatura, transportando o visitante para o ambiente vivido pelos escravos durante a época dos descobrimentos A música é um dos factores mais marcantes na cultura do Brasil, na Sala dedicada a esta temática, o visitante tem a oportunidade de contactar com a diversidade dos ritmos e sons que influenciam a música brasileira. Na sala dedicada aos produtos e bens característicos do Brasil pretende-se dar conhecer a riqueza e diversidade de frutos e vegetais. No final da exposição haverá uma sala onde se irá salientar a ligação existente entre Portugal e Brasil.
In Notícias da Covilhã, 24/04/2009

sexta-feira, abril 10, 2009

NÃO GOSTAVA DE SER MINISTRO NUM PAÍS COM DIFICULDADES

Na apresentação de um programa de apoio às empresas, o Ministro Manuel Pinho teve esta afirmação brilhantíssima: "Gostava muito de não ser Ministro da Economia num País com tantas dificuldades". Sinceramente nunca tinha ouvido dizer uma aberração destas a nenhum governante (nem joão Jardim diria tal disparate)! Será que o senhor ministro vive neste planeta? Será que o senhor ministro não conhece a política irresponsável que o seu governo tem feito? Caro ministro o senhor só está a colher as tempestades que o seu governo semeou, que se juntaram à crise internacional. Por isso se não gosta de ser ministro num país em crise vá-se embora. E já agora pode levar os seus colegas do governo, porque o país não merece um governo assim!

sábado, abril 04, 2009

ADUFE nº 14


Saiu mais um número da Adufe, revista cultural de Idanha-a-Nova. Continua a mesma qualidade e a vontade de ler tudo de uma vez, mas desta vez tenho um reparo a fazer. No artigo sobre Duarte d´Armas, como foi possível que o autor não tenha sequer feito menção aos cinco castelos do concelho de Idanha-a-Nova (Idanha-a-Nova, Monsanto, Penha Garcia, Salvaterra do Extremo e Segura) retratados no Livro das Fortalezas de Duarte d´Armas? Não reproduziu a imagem de nenhum castelo, quando podia pelo menos reproduzir um da obra do General João de Almeida (embora esses tenham sido amputados de legendas e pormenores). Lamento e espero que no futuro Duarte D´Armas tenha um artigo mais digno e que dê a conhecer a muita gente como eram essas cinco povoações do actual concelho de Idanha-a-Nova no ano de 1509. Como foi o título completo da obra de Duarte d´Armas - Livro das Fortalezas que são no Extremo de Portugal, que inspirou o nome deste blog fica prometido que no futuro colocarei umas mensagens a propósito desse autor e dessa magnífica obra do século XVI.