António Ramalho referiu naquela data que a EP/REFER iria abrir o concurso público para intervenção na ponte de Corges, na Covilhã, que custará 2,5 milhões de euros. O responsável lembrou que a obra de modernização da Linha da Beira Baixa, no troço Guarda-Covilhã, tem um orçamento global previsto de 80 milhões de euros e faz parte das prioridades A do Plano Estratégico de Transportes e Infra-estruturas (PETI) do Governo para 2015-2019. Em relação ao início das obras, disse que não antecipava datas, alegando que decorrerão “daquilo que será o resultado final do concurso” e do plano de trabalhos da obra. “Quando tivermos todo o planeamento da obra” será anunciado, garantiu. A intervenção global contempla a renovação integral da via no troço Covilhã - Guarda, a concordância da Linha da Beira Baixa com a Linha da Beira Alta e a electrificação e a instalação dos sistemas de sinalização electrónica, telecomunicações e controlo de velocidade.
O presidente do CA da EP/REFER reconheceu na ocasião a importância da reabilitação e modernização do troço da linha Guarda - Covilhã, porque integra “uma parte fundamental da rede” ferroviária nacional. Por outro lado, observou que, devido à intervenção que irá ser feita na Linha da Beira Alta, a utilização da Linha da Beira Baixa pode ser um benefício para “uma maior eficácia na Linha que está sob intervenção”. “Para nós, o planeamento conjugado da Beira Alta com a Beira Baixa faz todo o sentido e estamos a trabalhá-lo nesse sentido, tanto mais que cerca de 60% do movimento de mercadorias vem da zona baixa, vem do Entroncamento”, disse.
Sobre este assunto, o presidente da Câmara Municipal da Guarda, Álvaro Amaro, reagiu com satisfação dizendo que a obra “vai ser feita”. “Se é corrigido o erro de 2009 (quando a Linha da Beira Baixa fechou) ou não, pouco importa, importa é o futuro: a ligação Guarda-Covilhã”, declarou, acrescentando que o lançamento do concurso para a ponte de Corges “torna ainda mais irreversível, se é que já não era, essa magnífica obra”. Álvaro Amaro salientou ainda que as obras naquele troço ferroviário “começam, afinal de contas, em 2015”, pois o investimento de 2,5 milhões de euros “numa das primeiras pontes tornará ainda mais irreversível” o processo.
In Jornal «A Guarda» online
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